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Homeopatia

Histórico

A homeopatia é uma forma alternativa de se curar pessoas doentes. Essa prática médica é utilizada para restabelecer o equilíbrio da energia vital e tratar uma infinidade de doenças físicas e psicológicas, sendo considerada, inclusive, uma importante terapia para a ansiedade. A homeopatia também é usada para tratar pragas e doenças em plantas e animais.[1]\\
Apesar de ter sido criada apenas no século XVIII por Hahnemann, seus preceitos já eram conhecidos por outros médicos séculos antes. No século V a.C., Hipócrates, considerado o Pai da Medicina, acreditava que o tratamento era regido por três princípios: que a natureza tem um poder curador (Natura Medicatrix), isto é, a natureza tem uma tendência de restabelecer a saúde do doente; a “cura pelos contrários” (Contraria Contrariis Curantur), a base da medicina alopática; e a “cura pelos semelhantes” (Similia Similibus Curantur), um dos princípios da homeopatia [2].

Para Hipócrates, esses não eram conceitos conflitantes e poderiam ser utilizados como formas de tratamento, mas ao longo do desenvolvimento da medicina houve uma separação dos conceitos difundidos e a lei dos semelhantes acabou relegada a segunda plano, sendo revisitada por Paracelso (1493 - 1591) e consolidada por Hahnemann (1755 - 1843) [2].

Norteada por um dos pressupostos de Hipócrates, Galeno (séc. II d.C.) estabeleceu uma prática médica que iria prevalecer pelos próximos 1500 anos, fundamentada na lei dos contrários e com métodos mais invasivos do que aqueles difundidos por Hipócrates. No século XVI, a medicina galênica era muito aplicada, sendo os pacientes submetidos a sangrias, vômitos e ao emprego de sanguessugas como forma de tratamento, quando surge Paracelso, opondo-se as ideias vigentes na época e apresentando o conceito da dosagem, para diminuir a toxicidade dos medicamentos, que por muitas vezes eram ministrados de forma massiva. Defendia a cura pelos semelhantes e uma visão holística do ser humano, em muito similar ao entendimento da homeopatia[2][3].

O termo homeopatia é uma junção das palavras “homoios”, que significa similar em grego, e “pathos”, que significa sofrimento [4]. A homeopatia foi criada pelo médico alemão Samuel Hahnemann, que começou a estudar a cura de doenças através de substâncias que causam sintomas “semelhantes” a doença tratada, em 1796 no auge da Revolução Francesa (1789 - 1799). Uma das motivações para essa descoberta surgiu quando Samuel Hahnemann se frustava com os métodos de tratamento utilizados durante a revolução, que submetiam os pacientes a sangrias, vômitos e o uso de sanguessugas [5]. Junto a isso, quando William Cullen publicou uma matéria sobre a ação do quinino, afirmando que essa substância gerava sintomas contrários a febre, Hahnemann não concordou e fez um estudo com doses regulares de cinchona ou quinino e, após ingeri-las, observou que as substâncias provocam os mesmos sintomas da malária, cujo o principal sintoma é febre terçã. Em seguida, analisou os arquivos dos pacientes de Cullen tratados com quinino e observou que suas recuperações foram excelentes. Assim, Hahnemann reafirma o postulado de Hipócrates “Similia similibus curantur” (Lei dos Semelhantes)[3].

A homeopatia foi inserida no Brasil em 1840 com Benoit-Jules Mure, um discípulo de Samuel Hahnemann e logo depois estabeleceu o Instituto Hahnemanniano (IHB). Adotado pelo movimento positivista da época, a homeopatia cresceu rapidamente no Brasil até por volta de 1920, quando o crescimento do uso de medicamentos tradicionais pôs em desuso a homeopatia.

No histórico oficial, Mure fundou a Escola Homeopática do Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1841, Bento Mure como ficou conhecido teve diversas desavenças com a elite-socioeconômica, a qual coibia a oficialização e funcionalidade da homeopatia. Juntamente com outro estrangeiro, o português João Vicente Martins, que auxiliou na difusão do sistema homeopático nos outros estados, principalmente Pernambuco e Bahia. Ambos tiveram importância em outra organização que foi a criação no ano de 1843 do Instituto Homeopático do Brasil, cujo nome foi alterado em 1859 para Instituto Hahnemanniano do Brasil. O período entre as décadas de 1860 e 1880 foi marcado pela deficiência da medicina tradicional para o tratamento de doenças como a febre amarela, cólera e varíola, por esse motivo os praticantes da homeopatia tentaram validar seus conhecimentos como uma modelo alternativo de praticar a medicina.

Em 1914 houveram os primeiros cursos de homeopatia validados pelo Governo Federal e foi decorrente da fundação da Faculdade Hahnemanniana por Licínio Cardoso anexado ao Hospital Homeopático Nilo Cairo. No governo de Castello Branco foi decretado a introdução da homeopatia em todos os cursos de farmácia no Brasil, e com o intuito de dar embasamento aos estudos e medicamentos em 1977 foi aprovada a primeira edição da Farmacopéia homeopática brasileira (revisada em 1997). No ano de 1979 e 1980 a homeopatia é validada como uma especialidade médica pela Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, respectivamente.

Resumidamente, os principais marcos da homeopatia no Brasil e no mundo foram [6]:

  • Em 1796 o médico alemão Samuel Hahnemann escreve a primeira dissertação sobre o tópico e cria os seus princípios básicos.
  • Em 1840 o francês Benoit-Jules Mure (1809-1858) viaja a Santa Catarina e começa a disseminar a homeopatia no Brasil.
  • Em 1918 o ensino dessa vertente é oficializado no país, tendo como referência o Instituto Hahnemanniano do Brasil.
  • Em 1980 o Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece que a homeopatia é uma especialidade médica.
  • Em 2005 o periódico The Lancet publica um editorial que defende “o fim da homeopatia”, pela falta de evidências.

Princípios

Lei dos Semelhantes

Podemos observar a primeira menção sobre a Lei dos Semelhantes com Hipócrates em V a.C, discorrendo como há duas possibilidades de cura, uma pela Lei dos Semelhantes, conhecida como homeopatia e outra pela Lei dos Contrários, medicamentos feitos pela indústria farmacêutica. Tal lei consiste na afirmação de “a mesma substância que causa os sintomas de uma doença em uma pessoa saudável, de forma branda, tem potencial para curar a pessoa que está doente”[7]. Com isso, observa-se que diferentemente da medicina convencional, que o medicamento ingerido tem a função de se opor ao sintoma sentido, na Homeopatia esse medicamento vai no mesmo sentido do sintoma, suportando-o para que ocorra a cura[8].

Um estudo que exemplifica o princípio dos semelhantes é a utilização de Arsenicum album que, por meio de diferentes ensaios, têm-se demonstrado em animais o efeito do medicamento sobre a eliminação de sais de arsênico previamente fixados no organismo[9]. Para isso, foram preparadas doses de Arsenicum album nas potências 6CH, 12CH e 30CH. Os animais utilizados foram ratos machos da raça Wistar, intoxicados com arseniato de sódio em etanol a 30%, foram tratados com diferentes doses de Arsenicum album e solução hidroetanólica (controle). Os resultados foram analisados a partir da quantificação do arsênico eliminado pela urina desses animais[7].

O medicamento homeopático Arsenicum album, avaliado nas potências 6CH, 12CH e 30CH, foi administrado por via oral, 2 vezes ao dia, durante 3 dias consecutivos, 24 horas após a intoxicação dos animais. O medicamento foi administrado novamente após um intervalo de 7 dias e assim sucessivamente até o trigésimo dia de tratamento. O estudo conclui que o medicamento Arsenicum album, nas potências 6CH e 12CH é efetivo na mobilização e eliminação de arsênio através da urina em ratos intoxicados por este semi-metal. O mesmo não pode ser dito com relação à potência 30CH, já que não houve diferença significativa entre as doses administradas em comparação ao controle. Desse modo, além da eficácia de utilizar a lei dos semelhantes, é notório a influência da dinamização nos resultados do experimento[7]. homeopatia_2_.jpg

Experimentação no homem são

Hahnemann junto com o anatomista botânico suíço Albrecht von Haller (1708-1777) foram os pioneiros da experimentação no homem são. Trata-se do procedimento de testar substâncias medicinais em indivíduos sadios para identificar os sintomas que irão refletir sua ação. As substâncias são testadas em diferentes doses e concentrações. Assim, os sintomas físicos, funcionais, emocionais e mentais são identificados para que seja registrada a patogenesia. Com a identificação da patogenesia, é possível indicar a aplicação da substância em indivíduos doentes que apresentem os mesmos sintomas[10].

Condições necessárias para experimentação no homem são:

- Protocolo com METODOLOGIA CIENTÍFICA adequada.

- RANDOMIZAÇÃO dos participantes da pesquisa.

- ABSTENÇÃO do uso de outras drogas ou produtos que possam interferir nos resultados de pesquisa.

- Comprovação do estado de saúde plena, física e mental dos mesmos.

- Comprovação da capacidade destas pessoas fazerem RELATO FIEL dos sinais e sintomas.

- Observação de um TEMPO HÁBIL para o aparecimento de possíveis alterações induzidas pelo produto ingerido.

- SELEÇÃO, AVALIAÇÃO E HIERARQUIZAÇÃO dos sinais e sintomas novos apresentados pelos experimentadores do produto homeopático.

- Utilização de remédios homeopáticos com INQUESTIONÁVEL IDENTIDADE QUANTO à NATUREZA, ORIGEM E COMPOSIÇÃO, preparados conforme as recomendações da farmacotécnica homeopática.

- Utilização de PLACEBOS que difiram do remédio homeopático apenas pela não presença da substância que deu origem àquele, isto é, submetidos aos mesmos procedimentos de manipulação.

A primeira experimentação no homem são feita por Hahnemann, citada anteriormente, foi a quinquina, substância que ele ingeriu em duas doses diárias de 4 dracmas (1 dracma = 3,24 g). Como consequência apresentou sintomas de esfriamento de extremidades, prostração geral, sonolência, pulsações na cabeça, rubor facial e sêde, quadro este que, embora sem a febre característica, esboçava a aparência global da febre intermitente, em paroxismo de 3 a 4 horas de duração e que, estando dissipado, reaparecia desde que nova dose de quinquina fosse ingerida. Desta experiência adveio o raciocínio de que a China officinalis atua na febre intermitente, devido à sua capacidade de produzir quadro semelhante à febre intermitente em organismos sadios[8]. A constatação de que a quinquina destrói a febre intermitente porque provoca no indivíduo sadio as aparências desta doença, fez estender a experimentação ao enxofre, mercúrio, beladona, digitalina, prata, ouro, ferro, cicuta, ipecacuanha etc.

Dinamização dos medicamentos

A palavra dinamização tem origem do grego “dynamis” que significa força/potência e foi usada para qualificar a força de um medicamento. A dinamização é a preparação de medicamentos homeopáticos pelo processo conjunto de diluição e agitação com a intenção de aumentar a força do tal medicamento. Os solventes mais comumente usados são: água, álcool etílico e glicerina. Para as substâncias solúveis a agitação é feita por sucussão, porém quando a substância em questão não é solúvel nesses solventes é usado o processo de trituração. Quase todos os medicamentos homeopáticos passa pelo processo de dinamização, desse modo é importante conhecer seu processo.

Conceitos

Tintura-mãe: substância farmacêutica líquida que dá origem a outras formas e diluições de medicamentos homeopáticos, ela é preparada pela extração hidroalcoólicas, maceração ou percolação de substâncias vegetais e animais. Elas são chamadas de tinturas devido a coloração dos princípios ativos.

Insumo ativo/substância ativa: droga ou fármaco utilizado como princípio ativo para a preparação do medicamento homeopático.

Insumo inerte: solvente usado na diluição da substância ativa.

Sucussão: movimento vertical intenso e constante de agitação de soluções de fármacos sólidos e líquidos diluídos em solvente apropriado feito em anteparo rígido. A sucussão pode ser feita manualmente onde o manipulador deve fazer 100 movimentos com uma das mãos, ou com equipamento mecânico chamado dinamizador no qual também são realizados 100 movimentos.

Potência: número de dinamizações realizadas para obter o medicamento, indica o “poder” do medicamento homeopático.

Escalas: proporção entre insumo ativo e insumo inerte (solvente), as escalas usadas são:

  • Escala centesimal (CH) - proporção 1:100, sendo 1 parte de insumo ativo e 99 partes de insumo inerte;
  • Escala decimal (DH) - proporção 1:10, sendo 1 parte de insumo ativo e 9 de partes de insumo inerte;
  • Escala cinquenta-milesimal (LM) - proporção 1:50 000, sendo 1 parte de insumo ativo e 49 999 partes de insumo inerte.

Métodos

É importante destacar que cada método produz medicamentos diferentes.

Agitação de sucussão (substâncias solúveis): o mais comum é usar uma solução hidroalcoólica (concentração de 30% de álcool) e realizar movimentos de batida contra um anteparo semi-rígido para a agitação. A proporção dessa diluição é de 1% de substância ativa e 100 agitações e em seguida o processo é repetido.

Trituração (substâncias insolúveis): a lactose é usada para diluir e a agitação é feita triturando a substância entre o pistilo de porcelana e as paredes do recipiente (gral de porcelana). A proporção é a mesma: 1% de substância ativa e 100 agitações. Neste processo a lactose é divida em 3 partes e uma por uma é colocada no gral com a substância ativa e tritura-se por 6 minutos, essa mistura fica bem aderida às paredes do gral, então é necessário raspar com uma espátula de porcelana e o processo é repetido adicionando a segunda parte da lactose, e depois mais uma vez adicionando a terceira parte da lactose. Esse processo é uma trituração e dura cerca de 1h e é repetido 100 vezes para chegar na proporção correta.

Método hahnemanniano/frascos separados: a agitação é feita manualmente com movimentos ritmados do antebraço de batidas contra o anteparo, o procedimento também pode ser feito com um braço mecânico que imita os movimentos. A técnica é simples porém trabalhosa e demorada, a potência dos medicamentos CH/DH podem variar de acordo com fatores da farmácia.

Fluxo contínuo: uma equipamento mecânico composto por uma câmara de vidro onde ocorre a dinamização. Na câmara o fluxo de água contínuo e a agitação produzida pela rotação de uma haste de vidro acoplada a uma pá são ligadas simultaneamente, desse modo a diluição e agitação acontecem ao mesmo tempo, gerando potências mais altas nos medicamentos.

Cinquenta-milesimal (LM): neste método a diluição ocorre na proporção 1:50 000 a cada passagem. O processo se inicia triturando todas as substâncias durante 3 horas, em seguida é preparada uma solução de 0,06g da terceira trituração com 400 gotas de água e 100 gotas de álcool, depois disso uma gota é retirada dessa nova solução e mais 100 gotas de álcool são adicionadas, 100 fortes sucussões são feitas e nessa solução, chamada de LM1, serão impregnados pequenos glóbulos. Logo após, um desses glóbulos é dissolvido com 1 gota de água e 100 gotas de álcool, novamente são feitas 100 fortes sucussões, obtendo a solução LM2. O processo se repete para as LM seguintes. Segundo Hahnemann, esse método causa menos agravações nos pacientes, possibilitando uma cura rápida, suave e duradoura.

Método korsakoviano/frasco único: processo considerado mais prático porém pouco utilizado no Brasil. Nesse método o insumo ativo é diluído e sucussionado, em seguida o frasco aberto é virado ao contrário para que o conteúdo possa escorrer restando no frasco apenas 1% da dinamização anterior. Após o processo é repetido sucessivamente com os conteúdos que sobram no frasco até alcançar a potência K desejada.

Pílulas e ingredientes Ativos

A diluição homeopática não resulta em nenhum princípio ativo que seja detectável na maioria dos caso, porém em algumas preparações (calêndula, arnica e cremes) há doses farmacologicamente ativas. O produto ,Zicam Cold Remedy, foi comercializado como um produto não aprovado, que possui dois ingredientes que são ligeiramente diluídos: acetato de zinco (2X = diluição 1/100) e gluconato de zinco (1X = 1/10 diluição), significando que ambos os ingredientes estão presentes em uma concentração biologicamente ativa e forte podendo causar efeitos colaterais fortes como a perda do olfato. Entretanto o produto Zicam também listou outros remédios homeopáticos de força normal com ingredientes inativos incluindo galphimia glauca, histaminadicloridrato (nome homeopático, histaminum hydrochloricum), luffa operculata e enxofre.

Medicamento único

O conceito de medicamento único - proposto por Christian Frederich Samuel Hahnemann como um dos princípios da homeopatia - consiste no tratamento da enfermidade do paciente utilizando apenas um tipo de remédio/composto ativo. Esta forma de sistema terapêutico na homeopatia é tida como unicista, considerada mais complexa de lidar, mas também mais eficiente dentre os outros modelos de tratamento[11]. Para entrar mais a fundo nessa definição, precisa-se entender como é feito o diagnóstico e avaliação do paciente para que sua enfermidade seja tratada homeopaticamente de forma mais precisa e localizada.

Primeiramente é feita uma consulta detalhada para que se possa conhecer o indivíduo que vai receber o tratamento, não só na parte física, mas também seu psicológico e ambiente vivido. A anamnese é efetuada no consultório e avalia as relações, hábitos, sentimentos atuais, mudanças do ambiente em que vive, histórico familiar e costumes do paciente[12]. Nesta parte são analisados os aspectos gerais (relacionado ao ambiente, como clima, temperatura) e psicoemocionais, que são particularidades de cada pessoa, algo mais íntimo e profundo do que as avaliações feitas em consultas alopáticas. Após, é feita a avaliação física dos sintomas e como se manifestam, local de dor, intensidade, horário que aparece, forma de alívio, e este é um modo de avaliação mais objetivo.

A consulta é mais longa que as feitas de forma alopática, e visa reconhecer os reflexos dos problemas subjetivos (psicológicos e sentimentais) no próprio corpo, como forma de expressar que o organismo não está em equilíbrio[13]. Desta maneira, entra a questão o princípio de medicamento único, em que mediante toda essa análise, é prescrito um princípio ativo seguindo as regras da dinamização, lei dos semelhantes e experimentação no homem são, que vai ser utilizado pelo paciente e adaptado de acordo com os resultados observados durante o acompanhamento, podendo sofrer mudanças para um aprimoramento dos resultados. Esse medicamento abrange a maioria dos sintomas que queixa o paciente, e visa agir na origem desse problema e não na mitigação de sintomas, de forma que estabeleça um equilíbrio energético entre corpo e alma[14].

É importante ressaltar que o medicamento único sofre um estudo prévio, de forma que o mesmo medicamento não deve ser recomendado a outro paciente que queixa dos mesmos sintomas, mas não foi submetido a uma consulta detalhada e nada se sabe sobre seu atual momento[15]. Portanto, o conceito de medicamento único mediante a todos esses princípios é a utilização de um único composto ativo que consiga curar e estabelecer um equilíbrio no ser humano como uma só unidade, de forma que se mantendo bem psicologicamente e de bem com o ambiente irá sumir com a patologia que queixa, estabelecendo seu padrão de saúde natural e estável para viver sem problemas.

Exemplos de remédios homeopáticos

Existem atualmente mais de dois mil remédios homeopáticos, que são usados para tratar as mais variadas doenças. A seguir, serão apresentados alguns exemplos desses remédios.

Aceticum acidum

É um remédio indicado nos casos de anemia hidrópica. Também é indicado para tratar sintomas como vômitos, dores de estômago, grande transpiração, diabetes, palidez e fraqueza, entre vários outros. Composição: Contém no mínimo 99,4% de C2H4O2. Características: Líquido límpido, incolor, volátil de odor ácido, e sabor ácido. É solúvel em todas as proporções de água, etanol, éter etílico, acetona, clorofórmio, benzeno e glicerina. Densidade relativa : 1.05g/ml a 25°C. Ponto de ebulição: 118 graus celsius. Embalagens e armazenamento: Se deve armazenar em um frasco de vidro neutro(âmbar), bem fechado, longe do sol e do calor.

Allium cepa

Mais conhecida como cebola, ela é utilizada para tratar a dor “fantasma”, e também os sintomas da gripe e também, hematomas na região do pé. A parte utilizada é o bulbo fresco. Sua preparação advém do método de tintura mãe( técnica de laboratório ) no qual a cebola sofre maceração para extrair as substâncias desejadas. Miscível com água. Após diversas manipulações químicas, o conteúdo deve ser armazenado em um frasco de vidro neutro hermeticamente fechado, ao abrigo da luz e do calor.

Aconitum napellus

Essa planta é utilizada para tratar, mal estar, fragilidade, prostração muscular . Em combinação com Belladonna e mais outras associações é indicado para tratar ansiedade, medos e fobias. Quando utilizada em grandes quantidades, serve com um entorpecente anestésico, e foi descoberta através de casos de overdoses . Possui flores azuis, e é comum em climas tropicais. O principal composto extraído de seu caule e de suas raízes é C33H45NO12 , solúvel no álcool, éter, benzina, clorofórmio, apenas solúvel na água fria, mas em grandes quantidades pode ser diluído em água fervente. Não é volátil e é o principal componente do remédio homeopático, sendo o que gera o efeito calmante no remédio.

Bacillinum

São bactérias utilizadas como medicamento, a qual trata sintomas como, emagrecimento rápido, mesmo com boa alimentação, fraqueza e suores noturnos. Quando ingerida em grandes quantidades se torna letal. Doses com pouca concentração é o meio mais indicado de consumo.

Camphora

Planta também conhecida como, comum de canforeira, é uma árvore que pode atingir mais de 20 metros de altura. É nativa do extremo oriente, e possui substâncias que são usadas para tratar dores na cabeça e nos dentes, e também, nos músculos.

Ferrum phosphoricum

O Ferrum phosphoricum + associações, é muito utilizado para tratar infecções, febres altas, bronquite, pneumonia e inflamações nos ouvidos e nos olhos. Basicamente, é um ótimo remédio para combater os sintomas da gripe.

Gelsemium sempervirens

Ou também conhecida como Jasmim Carolina, é uma videira oriunda da américa subtropical e tropical. Sua flor amarela é a base do medicamento. A substância extraída desta planta é capaz de tratar fraqueza com grande prostração, sonolência, falta de tônus muscular, tremores no corpo e febres agudas.

Exemplos de doenças que podem ser tratadas pela homeopatia

-Alergias

-Entorse de tornozelo

-Bronquite

-Infecções de ouvido

-Fibromialgia

-Vertigem

-Gripe

-Osteoartrite

-Síndrome pré-menstrual

-Sinusite

Outras áreas de atuação da homeopatia

A homeopatia, além de tratar do ser humano, também está inserida em outros contextos da sociedade. Ela também é muito utilizada na agricultura e na medicina veterinária.

Homeopatia veterinária

O tratamento de um animal pela homeopatia tem os mesmos princípios da homeopatia humana. A diferença é que, nesta situação, o dono do animal tem papel fundamental no êxito do tratamento, pois é ele que tem condições de descrever suas peculiaridades, tais como o comportamento (ciúme, ansiedade, medos e irritabilidade), as características do seu organismo e as interações desse animal com as pessoas com quem convive. Tanto os animais domésticos (cães, gatos, aves e peixes de aquário), quanto os animais de criação (bois, porcos, carneiros e cabritos) podem passar por esse tratamento[16].

A pesquisadora Márcia F. A. Souza, em um artigo para a EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), exemplifica um caso clínico de um cão que foi tratado por um veterinário homeopata. A situação mostra como, além do medicamento, é importante observar o comportamento e a rotina do animal[17].

Homeopatia vegetal

Comumente, associamos a homeopatia apenas a utilização humana, entretanto, o uso deste método vem sendo cada vez mais explorado na agricultura orgânica, uma vez que não gera resíduos ao meio ambiente, não tem descarte dos alimentos, é uma tecnologia que torna o produtor independente de insumos externos, permite ao agricultor ter autonomia na escolha do tratamento, é de baixo custo e não necessita grandes volumes para ter efeito[18]. Ademais, pode ser eficiente contra pragas as quais ainda não possuem métodos de combate na agricultura convencional, como é o caso em Cruzeiro do Oeste com formigas lava-pés em culturas orgânicas de acerola, em que o extensionista rural Marcos André Collet vem realizando pesquisas a respeito da homeopatia vegetal. Segundo Collet, os resultados têm sido animadores, o que gera expectativa para que esta prática seja cada vez mais usada no meio agrícola[19].

Além de fatores positivos como baixo custo, pequeno volume de uso e independência do agricultor no que diz respeito a insumos externos, vale ressaltar que o Brasil é um dos países que mais usa agrotóxicos no mundo, estima-se que cada brasileiro beba cerca de 5L de veneno e defensivos agrícolas anualmente. Com isso, é nítida a necessidade de mudança no que diz respeito à agricultura brasileira, tendo em vista que o uso de insumos agrícolas tornou-se não apenas um problema ambiental, como também um problema de saúde pública. Desta forma, o uso da homeopatia vegetal reduziria danos como esses.

Argumentos a favor da homeopatia

Ao longo da Segunda Guerra Mundial, um médico chamado Henry Beecher precisou tratar soldados feridos, porém com a falta de morfina teve que improvisar aplicando uma solução salina em substituição ao analgésico. Dessa forma, o inesperado ocorreu, os soldados apresentaram melhora do quadro, isso seria um desdobramento do efeito placebo, ou seja, ao acreditar que estariam recebendo morfina, o organismo dos soldados produziu o mesmo efeito, como se o medicamento estivesse realmente sendo aplicado. Um grupo italiano se propôs a explicar este caso no ano de 2001 e seus estudos chegaram à conclusão que o remédio placebo consegue ativar receptores opióides no cérebro, receptores estes responsáveis pelo controle da dor, são chamados opióides por serem ativados por derivados do ópio, como por exemplo a morfina. Para comprovar os resultados da pesquisa foi usado um bloqueador dos receptores opióides, a naloxona, e o resultado obtido foi o bloqueio do efeito placebo consequentemente. Outras experiências que aumentam os efeitos da homeopatia são relacionadas a atenção que os profissionais da saúde têm com o paciente, uma consulta demorada e atenciosa potencializa o efeito placebo. Assim, esse comportamento deveria ser incorporado na medicina como um todo para potencializar o tratamento de enfermidades, mesmo que não seja homeopático[20][21].

Outro ponto favorável para a homeopatia é que há uma técnica específica para a profilaxia e para o tratamento das doenças epidêmicas. Cabe ressaltar que durante o século XIX e XX, o tratamento foi extensamente explorado no continente europeu e nos Estados Unidos em epidemias, tais como: tifo, cólera, difteria, escarlatina, malária entre outras. No Brasil, a homeopatia destacou-se com eficácia na epidemia de Tifo na Bahia(1925-1926), na Profilaxia da Meningite Meningocócica em Guaratinguetá(1974) com 18.640 doses, onde a incidência apontou uma das menores do Estado de SP, com grande repercussão internacional e a epidemia da Dengue no estado de Goiás(2013), em Macaé no Rio de Janeiro(2007) e no interior do Estado de São Paulo em São José do Rio Preto(2001), na qual reduziu drasticamente os índices nessa última cidade, que combateu 80% das infecções para os novos casos, sem nenhum índice de Dengue Hemorrágica. O composto utilizado (PRODEN) aumentam as plaquetas (três vezes mais), o que ajudam na coagulação sanguínea[22]. Renan Marino é o criador da fórmula, único medicamento para a Dengue aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O medicamento compõe de (Eupatorium Perfolatium) planta medicinal de ação analgésica que age nas dores do corpo, (Phosphorus) mineral que protege as funções hepáticas que reduz naúseas e vômitos e (Crotalus) veneno de uma espécie de cobra cascavel, que tem ação anti-hemorrágica. A homeopatia não substitui o combate ao vetor (Aedes Aegypti), mas contribui como medida eficaz e complementar, com custo baixíssimo. Sem contra-indicação, todos podem tomar, inclusive bebês e gestantes[23].

Argumentos contra a homeopatia

Quem demonstra uma posição contrária a utilização de medicamentos homeopáticos para o tratamento de enfermidades se vale de argumentos que valorizam as etapas de experimentação e comprovação dos resultados. Essas etapas são muito prezadas no método científico tradicional, o que se aponta é que muitas pesquisas relacionadas à homeopatia não seguem a risca esse método, portanto, não podem ser legitimadas por carecer de evidências científicas. Outro ponto a ser ressaltado seria que o tratamento realizado por meio de medicamentos homeopáticos são inconsistentes e inconstantes, uma vez que dependem do quão suscetíveis são os pacientes, e isso muda de pessoa para pessoa, pois depende da expectativa criada, o que torna um método de tratamento não confiável de ser usado de maneira geral na população.

Segundo o Dr. Dráuzio Varella, médico formado pelo USP, a decisão do conselho de reconhecer a homeopatia é política e não técnica, o que acontece é que no Brasil são muitos médicos formados com especialização homeopata, assim é melhor reconhecer a vertente do que deixá-los à margem da profissão[18][19].

A medicina, quando devidamente baseada no método científico, deve exigir que a eficácia de novos medicamentos seja comprovada por ensaios clínicos antes de sua aprovação para a utilização. Ou seja, o ônus da prova é obrigação dos defensores da homeopatia, o inverso caracteriza a falácia da inversão do ônus da prova, isto é os defensores da homeopatia não podem exigir que os pesquisadores apresentem provas que a homeopatia não funciona.

No dia 27 de agosto de 2007, a conceituada revista The Lancet publicou um artigo, de nome “The end of homoeopathy”, que apresenta alguns pontos importantes relacionados a questão de a homeopatia ser uma ciência ou uma pseudociência. A revista apresenta no artigo um trecho de um relatório da UK Parliamentary Select Committee on Science and Technology, relatório esse que questiona a não utilização do método científico para demonstrar a eficácia da homeopatia dizendo : “Qualquer terapia que faça declarações específicas sobre ser hábil para tratar condições específicas, deveria ter evidências de que é possível fazê-lo (o tratamento), muito além do efeito placebo”. Além disso, o artigo escreve sobre o governo da Suíça que, após 5 anos de julgamento, retirou a cobertura de seguro para a homeopatia e quatro outros tratamentos complementares, fato que acarreta a perda de credibilidade na homeopatia no meio científico[24].

Algumas leis da química afirmam que há um limite para que uma diluição ocorra sem que haja a perda total da substância original. Entretanto, existe um tratamento homeopático com o trióxido de arsênico, um composto tóxico que, conforme o segundo princípio da homeopatia, basta diluí-lo que o efeito tóxico acaba na mesma medida que o efeito curativo permanece na solução diluída e tem seu potencial elevado. Seguindo essa linha de raciocínio, os estudiosos da homeopatia acreditam que a agitação em cada passo da diluição deixaria retida uma “memória” da substância, como se fosse uma essência “como um espírito” que cura por reviver a “força vital” do corpo. Essa afirmação pode ser corrompida pela teoria da Constante de Avogadro, do químico Amedeo Avogadro (séc. XIX) que ao ter por base o trióxido de arsênico, temos que um mol de uma solução dele contem 6×1023 moléculas. Uma vez que a solubilidade máxima de trióxido de arsênico em água é de 0,1 mol/litro, ao diluir essa solução milhares de vezes não restarão nenhuma molécula de trióxido de arsênico no composto diluído[25]. A partir das potências homeopáticas 24DH ou 12CH, ou 1 parte em 1024, a possibilidade de existir uma única molécula do princípio ativo no medicamento é praticamente nula, e diminui ainda mais com a elevação da potência[26]. Em vista disso, não há nenhum mecanismo com fundamento que explique como uma solução homeopática ultradiluída possa ter qualquer efeito curativo.

Há um fator, na homeopatia, que ajuda nos tratamentos dos pacientes. A primeira consulta é extensa e bem pessoal. E este nível de atenção e empatia faz uma diferença enorme para o seu bem estar, mesmo que a conversa não seja o objetivo da terapia, isso faz com que o efeito placebo seja potencializado, afinal a confiança e o cuidado que o paciente recebe acaba ajudando-o. O Professor de Psicologia Médica e Chefe de Pesquisa do Departamento de Medicina Psicossomática e Psicoterapia do Hospital Universitário de Tübingen, Paul Enck, ao ser questionado em uma entrevista sobre a eficácia da homeopatia em animais, disse que “Nesse caso, os proprietários são a força motriz. Se tomarmos um medicamento e tivermos expectativas sobre seu efeito, isso já terá um efeito no processo de recuperação - esse é o efeito placebo. Claro que o animal não tem essa expectativa em relação aos comprimidos, mas o dono sim. Isso é chamado de “placebo por procuração”, um efeito “placebo por parentes”. E isso ocorre também com os seres humanos[27].

Homeopatia no SUS

Na década de 1970 o Brasil não possuía um sistema de saúde integralmente público que atendia todos os estados da federação, o modelo utilizado na época era semelhante ao Estadunidense, o qual é inacessível para grande parte da população por ser privatizado e ter altos custos atrelados a atendimentos médicos e afins. Porém, em 1980 o Sistema Único de Saúde foi criado durante a reforma sanitária. Dentre as diversas mudanças proporcionadas por esse novo modelo, está o reconhecimento da homeopatia e outras medicinas alternativas como especialidade médica.

Desde a aprovação das consultas homeopáticas e a autorização do fornecimento de homeopatias de maneira gratuita mediada pelo SUS, inúmeros debates e projetos de lei foram criados com objetivo de barrar esse tipo de tratamento. A grande maioria que é contrária à essa medicina afirma que a quantidade de verba pública que é investida mensalmente nesse setor é um grande desperdício, haja vista que a homeopatia não tem um efeito concreto e sim o efeito placebo e a sua concentração percentual em um frasco do medicamente é ínfima, dessa forma, seguindo essa linha de raciocínio, o dinheiro gasto nessa medicina é considerado desperdício. Porém, apesar de todos os argumentos levantados contra a homeopatia ela continua presente no Sistema Único de Saúde e o número de consultas realizadas e aprovação vem aumentando constantemente ano a ano, em 1999 foram aprovadas 32.254 consultas já em 2003 foram aprovadas 291.069 consultas.

Apesar dos contratempos enfrentados pela homeopatia no SUS, como por exemplo os projetos de lei criados para tentar barra-la no sistema de saúde público, não só essa, mas outras medicinas alternativas, como por exemplo a aromaterapia, musicoterapia e quiropraxia, continuam apresentando uma alta aprovação e resultados positivos[28].

Pseudociência ou Pseudoceticismo

Definição

Pseudociência é tudo que se apropria erroneamente ou parcialmente de pesquisas cientificas a fim de ter credibilidade ou validações que, entretanto, não segue nenhum método cientifico. Desta forma, a pseudociência pode enganar os que não tem o conhecimento verdadeiro sobre o assunto. Temos contato com pseudociências que adquiriram credibilidade e muitos levam como verdade, um exemplo delas são o terraplanismo, a ufologia, a homeopatia, a astrologia e a grafologia. Contudo, nenhuma delas tem embasamento científico, isto é, uso do método cientifico para serem comprovadas[29].

Ao contrário do ceticismo que a partir da interpretação dos fatos se foca no “não sei” e a partir daí impulsiona a ciência e novas descobertas relevantes através do método científico, o pseudo-ceticismo costuma ser binário, sempre com duas opções para escolher: “creio” ou “não creio”, mesmo que as evidências apontem para o óbvio. Os Pseudo-céticos não creem em nada que vã contra suas crenças, mesmo que haja experimentos provando que estão enganados. De acordo com Marcello Truzzi, os pseudo-céticos apresentam as seguintes características:

  • A tendência de negar, ao invés de duvidar;
  • A realização de julgamentos sem uma investigação completa e conclusiva;
  • Uso de ataques pessoais;
  • A apresentação de evidências insuficientes;
  • A tentativa de desqualificar proponentes de novas idéias taxando-os pejorativamente de 'pseudo-cientistas', 'promotores' ou 'praticantes de ciência patológica';
  • A apresentação de contra-provas não fundamentadas ou baseadas apenas em plausibilidade, ao invés de se basearem em evidências;
  • A sugestão de que evidências inconvincentes são suficientes para se assumir que uma teoria é falsa;
  • A tendência de desqualificar 'toda e qualquer' evidência.

Pseudociência X Ciência

Para diferenciar a pseudociência da ciência verdadeira há a necessidade de observarmos alguns pontos, entre eles os mais importantes são a falta ou a presença do método cientifico, o qual consiste em várias etapas: observação, hipótese, experiências, resultados, teoria e lei. Podemos distingui-las uma vez que as pseudociências não conseguem chegar a resultados concretos, logo, não há uma lei ou teoria que edifica sua hipótese. A pseudociência não é a negação da alegação cientifica, mas sim uma classificação de um estudo que não consegue completar todas as fases do método newtoniano. Logo, tudo que se diz cientifico mas não segue as regras da comunidade cientifica é chamado de pseudociência[30][31].

O distanciamento do pensamento crítico científico tende a retroceder as pessoas a épocas remotas baseadas no pensamento prático e do não questionamento. Como consequência as pseudociências tendem a encontrar, então, um fértil terreno para se disseminar[32].

Conclusão

É possível se verificar que para a homeopatia se tornar uma verdade ainda são necessários muitos estudos e testes, mesmo possuindo muitos estudos eles acabam não chegam a lugar algum, sendo algo que não tem eficácia comprovado pela ciência é necessário que o paciente acredite no método o que nos leva á um lugar obscuro que não faz parte de uma ciência crível

Referências

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3. a, b Santos, R.; Sá, F. M. P. 2014.«Homeopatia: Histórico e Fundamentos». Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente 5(1): 60-78 http://www.faema.edu.br/revistas/index.php/Revista-FAEMA/article/view/206
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